quinta-feira, setembro 17, 2020

Mãos Pequenas

Ultimamente eu tenho pensado exaustivamente no meu "papel" no mundo. Nas relações que possuo. No que ofereço. Nas minhas atribuições. Fazendo constantes balanços de como eu era e de como sou agora. Eu mudei muito e sei que vou mudar enquanto estiver respirando. 

A vida é bonita quando as coisas fazem sentido, de alguma forma, dentro de nós. Quando encontro caminhos construtivos. Quando eu tenho consciência que só posso ser quem eu sou. 

O que não possuo domínio, minhas mãos não conseguem segurar. Não conseguem pois não domino, simplesmente. E é isso. Eu faço o que posso. Vou além, mas só faço o que me compete fazer. Considerando a minha humanidade, minhas experiências, minha sensibilidade, minhas perspectivas, meu autoconhecimento. Principalmente meu autoconhecimento. Sou forte como uma rocha para certos assuntos, para outros, sou um cristal.  

Analisando hoje que deixar o que eu não domino escorrer pelas minhas mãos, me traz uma consciência mais lúcida. 
Não é pra mexer em tudo e saber de tudo. Têm coisas que não são pra eu fazer e saber. 
Ser só uma basta.  

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