sexta-feira, dezembro 22, 2023

Qualquer 0

Pensando em me desconectar totalmente. Quero comprar um diário físico, como os Maias faziam quando queriam desabafar graficamente. É uma tarefa árdua viver em sociedade e estar sujeito às consequências da exposição. E olha que não sou (nem é minha pretensão - como se já foi percebido) uma blogueira popular. 

Bebendo meu vinho "white Malbec" aqui, após a algumas reflexões. A vida é delicada como uma rosa, forte como uma cachaça alambiquiada e curta como a durabilidade da existência de uma mosca. Eu não vou permitir desperdícios da minha energia. Eu, hoje, conscientemente, não vou permitir.

A pessoa que tiver de ser e fazer e acontecer, vai me encontrar. Eu me encontro todo dia com as pessoas que me fizeram crescer. Elas foram pontuais. O grande Criador não dorme e nem se vira para as minhas angústias. Eu sou tão preciosa quanto as estrelas que foram mortas há milênios. Toda história escrita por qualquer instrumento: lápis, lágrimas, sorrisos, pensamentos. Eu amo tudo que eu faço, tudo que eu crio, porque é alimento. E tem tanta fome por aí.. 

terça-feira, outubro 03, 2023

Um Recado

Olá. 

Você que me lê com frequência: olá. Ou, olaaarrrrr. Ou, oi, pra quem eventualmente acha meu blog e, por curiosidade, lê algumas postagens e não volta mais ( não por ter achado o que escrevo uma porcaria necessariamente. Mas pela mesma razão que os pássaros se vão quando muda o tempo num determinado lugar. Tudo é efêmero, fato. Ou, sim, achou tudo que escrevo uma bosta e não volta pra conferir mais nenhuma escrita por seus criteriosos pessoais motivos. Ok, beleza.). 

Excesso de testemunhos e a necessidade frenética de expor tudo da vida íntima: eu não tenho. Sei lá, eu tô meio de saco cheio das redes sociais. Minha vida é como de qualquer outro ser humano. O que teria de especial? Por que eu seria a tão especial? A escolhida? Eu amo, tenho necessidades fisiológicas, gosto de ficar na cama e no sofá, gosto de ler jornais pela internet, vejo paisagens, escuto música, às vezes, quando fico de saco cheio das minhas músicas, eu procuro por sugestões no YouTube. Amo vinho, amo beijar na boca, amo a sensação de colocar os pés na areia (parece uma massagem por toda a coluna cervical até a cabeça, se você reparar. É muito gostoso). 

Não há nada de novo desde o surgimento da espécie humana. Os homens, no caso. A raça humana segue uma eterna espiral por sua história, ela é cíclica. Somos inventivos e preguiçosos. Somos criativos e medíocres. Somos aventureiros e comedidos. Somos liberais e conservadores. Sempre fomos.  

Olha, vou acabar esse post sem pé e sem cabeça porque tenho que fazer outra coisa agora. Um abraço. 

terça-feira, julho 04, 2023

Após o Café

A minha fala me denuncia. Não há para onde correr longe de mim. A minha fala me caracteriza. O meu verbo é a minha estrutura. Não há nada abaixo, nada acima, nada fora. Está tudo aqui. As coisas das quais mais falo, são as que dizem sobre mim. Do verbo, conhecimento, o conhecer. 

Observo tudo ao redor. Todos, no possível, ao redor. Chego a conclusão que há muita fragilidade. Somos complexamente frágeis. Paradoxais e incongruentes. A intensidade e a frequência dizem a respeito da força. 

Mínimo interesse pra perda de tempo, embora eu tenho o desperdiçado muitas vezes. 

Refazendo minha própria medida. Desobstruindo meu próprio caminho. 

Eu não tenho direito ao mínimo de julgamento. Julgo a todo momento. Mas aí a consciência toma as rédeas e me dou conta que sou totalmente incompetente para exercer o cargo de juíza. Falho: sou vulnerável, circunstancial, tendenciosa.