quarta-feira, julho 18, 2018

Chuva Púrpura

A alma vagueia incansavelmente por aí
A alma caça o seu molde
Seu refúgio

Eu choro
Eu choro por muita coisa
Eu choro por ser insuficiente
Eu choro por não me achar
A culpa sempre quer me abraçar

O que eu faço?

As expectativas são combustível e merda
Se eu não as tiver, sou um saco vazio existencial
Se eu as tiver exacerbadamente, eu fico num quarto escuro
Chorando
Cheio de vazio 

Eu não sou a única estranha. Eu não sou estranha.
Tenho tanta carne quanto qualquer um no mundo
Eu sangro como qualquer um no mundo

Qual será a chave que abre a porta da angústia para a minha liberdade?

Fora daqui
Num campo belo
Flores
Um céu bonito
Ventos no meu cabelo

E eu sempre satisfeita, completa, feliz.

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