segunda-feira, junho 11, 2018

Aquarela

Por onde a água passa
Na consistência das coisas
No firmamento
O inevitável acontece

O que fui ontem
Não sou hoje

Estou me desconstruindo
Despedaçando
Esvaindo
Indo

O que é ser?

Vou me diluindo
Fluindo
Com as águas

Que forma terei?

Eu nunca fui um prédio, mas desmoronei.
A cada dia que passa, me sinto diluir
Será que tenho uma essência?

Não traz conforto ser assim.
Quem eu sou? Composições das composições, remendos dos remendos?
As experiências sugam, moldam, fluem, massificam, violentam. Extraíram várias partes. Extraem. Deixam muitas coisas também.
Mas o que eu faço com essas coisas?
Para o que elas servem pra uma Daniella tão inconstante?

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