segunda-feira, fevereiro 05, 2018

Organização. Acho que tem que ser esse o foco.

As ideias conversam dentro da sua cabeça e depois resolver meter o pé. Assim fica difícil também.
Não consigo pensar em nada. Só numa coisa boa que passou.

Mas não fico me lamentando. Me realizei e não me arrependo de nada. Faria tudo de novo. Só não tenho poder sobre humano de transformar situações e pessoas, porque sou... humana. Às vezes gosto de ser humana, às vezes não.

Mas a organização...sim! Essa é a palavra desse ano! Soa mais como aquelas promessas que muitos fazem como meta de ano novo. mas é sério. Vou crescer de forma um pouco radical e dolorida nesse ano. Eu sei que vou ficar bem. 

Ando muito misteriosa? Sei.

Fiquei esse hiato de tempo todo sem escrever. Não vou pedir perdão dessa vez, você vai ter que me perdoar. Fiquei o ano de 2017 encarando uma depressão indigesta. Simplesmente quase tudo deu errado. Trabalho, faculdade na sarjeta. Não tinha como eu pensar. Eu gostaria de ter sido outra pessoa, eu fiz de tudo pra ser outra pessoa, sem depressão, focar nos meus estudos, parar de chorar e sair da cama, mas meu esforço pareceu em vão. 
Lutar contra depressão é lutar todos os dias da sua vida contra algo enorme e invisível. Que, se você deixar, te sufoca aos poucos. Depois você se percebe presa numa teia de aranha. E tem muita culpa, muita dor, muita agonia.
Com ajuda de alguns remédios e conversas com pessoas que verdadeiramente somam na minha vida (algumas têm só a intenção de somar, mas psicologicamente isso não adianta de nada), e umas andanças por aí, tenho dado um passo de cada vez e enxergado  a luz do fim do túnel. Cada passo que eu dou, a luz fica maior. Isso é foda, cara.
Eu sou eu. Ninguém mais vai ter meus registros, minhas assinaturas, o meu jeito. Porque eu sou eu. Eu nasci pra ser mais um respingo, como nas obras de Pollack. De longe, talvez você não perceba a diferença entre um rabisco marrom e um azul. Mas a obra faz sentido num todo como ela foi produzida. Ela tem seu sentido pelo jeito como foi feita, quando foi feita, em que circunstância foi feita, em qual circunstância o artista estava condicionado.
Eu faço sentindo, eu sei. Mesmo não sabendo o meu sentido quando eu o vivo. Quando eu reflito, eu vejo que o tenho. E brilha como a luz do sol, dentro de mim, ter essa consciência existencial.

Tudo faz sentido mesmo quando não faz sentido. A gente aprende no caminho. Acredito que, quando compreendemos o aprendizado, a nossa vida faz sentido. Acho que é isso. E para aprender, eu preciso experimentar. No caminho, a gente entende. Vai entendendo. 

E estou aqui, mais uma madrugada escrevendo. Como nos velhos tempos.
Não é tédio. É a alma querendo se expressar.

Obrigada por me esperar por todo esse tempo. Vai dar tudo certo. 

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